Janeiro 08 2007

Estamos à uma semana em 2007 e já me sinto bastante ambientado. Não sei porquê, sinto que já esperava por este ano há muito tempo. Talvez seja por causa do “7”, dizem ser o número da magia e por acaso (ou não!) são muitas as histórias de fantasia que associam este número a coisas fortemente mágicas, especiais. Quem sabe que surpresas nos aguardam neste ano?

Mas magia à parte, hoje escrevo sobre algo que me fez pensar, enquanto ouvia uma música duma artista norte-americana. Ao ouvir a música (por sinal bastante interessante e conhecida) pus-me a pensar: terá esta artista o mesmo impacto no seu país como tem aqui? Isto porque, se aqui é um ídolo inalcançável, lá pode ser apenas mais um cantor, mais alguém que vende CD’s e dá espectáculos, alguém como muitos cantores nacionais a que não damos valor.

O mesmo acontece com livros, filmes, exposições, tradições, serviços e até o próprio alimento. Indiscutivelmente consumo mais matéria e cultura estrangeira do que nacional, mas o facto não se deve apenas às minhas escolhas, deve-se também à oferta de que dispomos, felizmente bastante diversificada e virada para a globalização comercial. E se felizmente temos grande diversidade, a nível de origem, no nosso mercado, como por exemplo livros de toda a parte, o mesmo não pudemos dizer sobre os produtos nacionais que tornamos globais.

Lembro-me de ter lido, numa revista, pouco antes da Feira do Livro de Frankfurt, a maior do mundo, uma editora a relatar que esperavam “encontrar grandes títulos internacionais nesta feira”. Faço lembrar que, nesta feira, um dos objectivos é comprar e vender direitos de autores a editoras estrangeiras. As editoras portuguesas apenas vão lá para comprar, vender só muito excepcionalmente. Isto faz com tenhamos poucos títulos nacionais editados no estrangeiro. Em 2004 tivemos pouco mais de 116 novos títulos de portugueses editados em outros países, mas são muitos mais os estrangeiros que anualmente são lançados em Portugal.

O que quero dizer, como tudo isto, é apenas que, se queremos espalhar e divulgar a nossa cultura, não devemos apenas deixar que procurem por ela. Devemos também incentivar a sua procura, começando pela valorização que lhe damos.

Eu, por exemplo, já me fiz prometer que lerei mais obras portuguesas, e não vai ser nenhum sacrifício, pois temos obras excelentes que por acaso mereciam ser lançadas no resto no mundo, mas quanto a isso o máximo que posso fazer é lê-las e esperar que outros o façam também para que os talentos escondidos em Portugal possam ser apreciados e verdadeiramente congratulados pelos seus feitos.

Pensem nisto e digam o que acharam

Até breve e Boas Leituras (se possível nacionais)!!!

Publicado por Fábio J. às 19:33

Costuma-se dizer que onde há fumo há fogo, portanto acho que fazemos bem em esperar algo bom deste ano...

Um Feliz 2007 então!

Até breve!!!
Fábio J. a 16 de Janeiro de 2007 às 16:31

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