Antes de mais, quero agradecer aos visitantes deste blog. Tenho de faze-lo, pois continuam a visitá-lo mesmo com a escassa actualização dos últimos tempos. Muito obrigado!
Também tenho tido pouco tempo para me dedicar à leitura, mas quando o faço é reconfortante estar noutras vidas, noutros mundos e noutras histórias, enfim, estar em mundos paralelos.
Um bom exemplo de mundo paralelo está presente na obra Coraline e a Porta Secreta, de Neil Gaiman. A obra, vencedora do Hugo Award for Best Novella e do Nebula Award for Best Novella de 2003 e do Bram Stoker Award for Best Work for Young Readers de 2002, foi publicada há já alguns anos, mas merece agora destaque devido à recente adaptação para cinema e à reedição do livro no nosso país, por parte da Editorial Presença.
A história da Coraline foi já comparada à história da Alice, aquela que acidentalmente vai ter ao denominado País das Maravilhas. Contudo, embora existam traços gerais semelhantes, esta história prima pela criatividade.
A protagonista da história é uma exploradora inata, e a sua nova casa constitui um bom local a investigar. Pouco depois de se mudar, Coraline, seguindo a sugestão do pai, decide contar todas as portas e janelas da casa. Para seu espanto, descobre que uma das portas não leva a lado nenhum, pois tem uma parede do outro lado. No entanto, nem sempre é assim…
Quando menos espera, descobre que ali existe uma passagem secreta e que do outro lado está… está uma casa quase igual à que deixa para trás, mas mais surreal e fantástica, mais atractiva, assim como uns outros pais, também eles adoráveis. Tudo é estranho, perigosamente estranho, e Coraline terá de ser esperta e corajosa para poder viver e salvar aqueles que ama e que realmente a amam.
Trata-se de uma história de fantasia com um toque de terror muitíssimo empolgante. O surrealismo e criatividade constantes criam um universo de fantasia e magia que se destaca e que me despertou a curiosidade. A aventura de Coraline é contada com grande simplicidade e está muito bem estruturada, o que se traduz numa leitura dinâmica e entusiasmante.
A simplicidade da narrativa é, precisamente, um dos pontos deve ser referido. O autor sabe que tem uma boa história para contar e, por isso, fá-lo sem rodeios mas com todos os pormenores e observações fundamentais.
A mensagem subliminar presente ao longo de toda a obra e a moral que a remata fazem dela um clássico moderno, quanto mais não seja porque, hoje, todos temos um pouco de Coraline.
Vale a pena lê-la. E eu já tenho Neil Gaiman debaixo de olhos.
Coraline e a Porta Secreta de Neil Gaiman
Fantásticas Leituras!