Foi hoje distinguido com o Prémio Nobel da Literatura 2006 o escritor turco Orthan Pamuk (actualmente a residir em Nova Iorque), de 54 anos, autor de seis títulos publicados, estando Os Jardins da Memória e Cidadela Branca já traduzidos para português
Segundo o Comité Nobel, o escritor foi distinguido porque, “na busca pela alma melancólica da sua cidade, descobriu novos símbolos para o confronto e o cruzar de culturas”, cruzares esses que o autor tenta defender nas suas histórias.
Alvo dos nacionalistas pela sua defesa da causa arménia e curda, Pamuk é o autor de uma obra que descreve as tensões da sociedade turca, entre o Oriente e o Ocidente.
O escritor turco Orhan Pamuk afirmou-se hoje honrado com a atribuição do Nobel da Literatura e considerou que o prémio representa uma mensagem contra os que defendem a teoria do “choque entre culturas” e que lhe confere um carácter político que poderá converter-se numa “carga adicional”.
“O meu trabalho é o melhor exemplo do quanto pode ser frutífero o intercâmbio de culturas”, assinalou, demonstrando o quanto de político pode representar a sua distinção.
O Nobel da Literatura, bem como os restantes galardoados de 2006, será entregue ao vencedor numa cerimónia que terá lugar em Estocolmo no dia 10 de Dezembro, aniversário da morte de Alfred Nobel.