Não tenho actualizado o blog com muita frequência, no entanto, como seria de esperar, os meus momentos dedicados às leituras continuam a dar-me um grande prazer e conforto, então com este tempo frio...
Como já aqui mostrei, o livro que me tem acompanhado nestes últimos tempos é O Silmarillion, do inconfundível Tolkien. Não posso esconder que as primeiras leituras foram um choque, pois grande é a diferença entre a simples (mas sublime) escrita de Paolini e a profunda e complexa (mas não confusa) escrita de Tolkien. São formas de utilizar as palavras e de narrar completamente diferentes, mas acho que as razões saltam à vista...
Este livro que agora me acompanha é composto por 5 histórias, as duas primeiras que servem de introdução (por assim dizer) à terceira, e outras duas que não estão directamente ligadas às outras. São elas Ainulindalë, Valaquenta, Quenta Silmarillion, Akallabêth e Dos Anéis do Poder e da Terceira Era, respectivamente. A maior de todas, também denominada como A História dos Silmarils, é a terceira e a que ando a ler.
Posso, então, falar um pouco das duas primeiras histórias (tentando não fazer spoiler), que se revelaram uma verdadeira surpresa. Nunca, em todo o meu percurso ou pesquisa literária, encontrei uma narração que retratasse, duma forma tão exaustiva e completa a origem de tudo, e quando digo tudo refiro-me a mesmo tudo. Desde um nada até um local habitável, Tolkien narra-nos duma forma mítica e profunda todos os acontecimentos que formaram Arda e os seus transformadores. Todos os passos são contados com uma beleza e simbolismo marcantes, um assombroso mundo de poder e força que me deixou deslumbrado.
Desde o princípio nota-se a grande utilização de sinónimos ou cognomes por Tolkien e não é invulgar encontrar personagens com quatro ou cinco designações, sendo que o autor usa cada uma como bem entende. Isto obriga-me a utilizar um glossário que se encontra no final do livro que faz parte dum conjunto de apêndices, com um total de 50 páginas, onde é possível encontrar desde árvores genealógicas, notas de pronunciação ou um mapa.
Já na história que agora leio, as descobertas foram ainda maiores. Também pela primeira vez li a origem das raças que hoje habitam em tantos livros de fantasia. Sejam os Anões, os Elfos ou mesmo os Homens, todos têm uma origem encantadora e diferente. Foi uma boa maneira de começar uma história tão arrebatadora, pois hoje, mais do que nunca, compreendo as atitudes destas diferentes raças descritas em tantos livros.
Descobri também um lado novo nos Elfos, um lado que desconhecia de todas as histórias que até agora conheço, mas isso é assunto para outro post.
Em breve voltarei para escrever mais um pouco sobre esta história, mas por enquanto posso apenas dizer que estou a adorar. Como estou um pouco doente acabo por aqui, mas volto em breve.
Boa Semana e Boas leituras!!!