Mal posso acreditar que as férias acabaram. Todos os anos digo o mesmo, mas esta vez salienta-se pela apatia que envolve este início de ano lectivo. O mesmo local, as mesmas pessoas, as mesmas coisas... parece que as férias foram apenas um fim-de-semana! Talvez seja o stress pós-férias, que parece estar agora na moda, mas daqui a um mês já devo estar consciencializado...
Neste meu blog com já mais de um ano, tenho escrito sobre diversos autores e obras que leio ou simplesmente me despertam interesse. No entanto, como é óbvio, existem vários nomes e títulos que não chegam a passar por aqui. Digo isto pois, há algum tempo, referiram a ausência de Luís Miguel Rocha no blog. Como ele, inúmeros autores não são aqui referenciados (é impossível faze-lo), mas desta vez não quero deixar de escrever sobre ele.
É que, depois do best-seller O Última Papa (um romance sobre a morte do Papa João Paulo I), obra editada em vários países (e com destaque e alguma polémica), Luís Miguel Rocha volta a pisar terreno papal e a apresentar-nos um thriller religioso inquietante que promete “abalar a realidade como a conhecemos”: Bala Santa.
Nesta obra, o autor portuense questiona os acontecimentos que estiveram na base da tentativa de assassínio de João Paulo II, no Vaticano, em 1981. Numa mistura entre realidade e ficção, a história flúi entre “uma jornalista internacional, um ex-militar português, um muçulmano que vê a Virgem Maria, uma padre muito pouco ortodoxo que trabalha directamente sob as ordens do sumo-pontífice, vários agentes dos serviços secretos mais influentes do mundo e muitos outros personagens dos quatro cantos do globo”, todos eles em busca duma verdade que nem sempre é útil.
Este é também um livro que pretende dar respostas, entre as quais o porquê de, “entre as cerca de 20 mil pessoas que nesse dia saudavam o Papa, estar um conjunto de "homens silenciosos", pertencentes a vários serviços secretos, entre os quais o KGB, a Mossad, a CIA, o MI6 e agentes da nova democracia portuguesa”. “O que faziam? É uma das respostas deste livro”, garante Luís Miguel Rocha em entrevista dada.
Bala Santa é, na obra, uma das três que atingiu o Papa e que parece se ter “desviado” de todos os órgão vitais, “como se estivesse a ser guiada por alguém". A obra inclui ainda aspectos da conversa entre João Paulo II e Alia Agca, o turco que disparou sobre ele, e uma carta enviada pela Irmã Lúcia ao Papa, que se crê premonitória.
Muito mais há a dizer sobre esta história, mas cabe a cada um descobri-la por si próprio, mergulhando nos seus segredos e descobrindo-os... se possível.
A mim já me cativou, e parece-me ser outro livro condenado ao sucesso.
Antes de ir, quero agradecer o destaque feito pela equipa do Sapo e dar as boas vindas aos “visitantes de passagem”.

Bala Santa de Luís Miguel Rocha
Porque ler é necessário, Boas Leituras e Até Breve!!!