A verdade: Nicholas Flamel nasceu em Paris, em 28 de Setembro de 1330. Quase setecentos anos depois, é reconhecido como o maior Alquimista de todos os tempos. Diz-se que descobriu o segredo da vida eterna. Os registos certificam que morreu em 1418. Mas o seu túmulo está vazio.
A lenda: Nicholas Flamel está vivo, graças ao elixir da vida que produz há séculos. O segredo da vida eterna está escondido no livro que protege – o Livro de Abraão, o Mago, o livro mais poderoso de sempre. Se for parar às mãos erradas poderá ser o fim do Mundo.
Quando comecei a ler O Alquimista sabia apenas o que acima transcrevi e desconhecia totalmente que tipo de livro iria ler. O nome do autor, Michael Scott, também me era totalmente desconhecido. A surpresa foi grande, pois trata-se de um livro sem igual. A série tem por título Os Segredos de O Imortal Nicholas Flamel, mas mesmo este não permite antever do que trata a narrativa.
A história começa numa tarde de Verão como qualquer outra, na Califórnia actual. Josh, de 15 anos, trabalha na pequena livraria de Nick Fleming e da sua esposa, Perry. No bar da frente trabalha Sophie, a sua irmã gémea. Como, a certa altura, diz o autor, todas as mitologias têm alguma história sobre gémeos. Nesta obra, os dois irmãos farão também parte da mitologia e percebem-no quando Dr. John Dee, antigo alquimista e conselheiro da rainha Isabel I de Inglaterra, invade a livraria de Nick rodeado por monstros de barro, em busca do Livro de Abrão.
Josh e Sophie são, assim, transportados para uma aventura impar que os fará estar frente a frente com antigos deuses egípcios, nórdicos ou celtas, com bruxos e homens imortais e com bestas e seres míticos. Os irmãos, até então jovens comuns agarrados ao computador e ao telemóvel, vê-se dentro de um universo novo, mitológico, do qual não mais conseguirão escapar. Os donos da livraria são afinal Nicholas e Perenelle Flamel, e o livro procurado pelo Dr. John Dee é, afinal, o Codex, um misterioso livro de alquimia e história que permite criar a Pedra Filosofal e o elixir da vida eterna e que descreve uma velha lenda segundo a qual surgirão dois gémeos com o poder de salvar o mundo... ou de o destruir.
O autor usa uma linguagem simples e demonstra conhecer muito das principais mitologias do nosso mundo, tal é o número de referentes e personagens mitológicas e lendárias presentes na obra. A história é contada de um ponto de vista muito actual, criando um ambiente único no qual tecnologia e mitologia coexistem, havendo mesmo deuses com telemóveis e noções de genética.
Gostei bastante de ler este livro, interessante e surpreendente do início ao fim. Os protagonistas tentam, recorrentemente, negar a existência de tudo aquilo que vêem, por ser impossível haver misticismo no mundo moderno. Também eu o nego, mas é fascinante perceber que durante a leitura deste livro nada me parecia ilógico ou impossível. É essa a magia da fantasia...
A obra faz parte de uma série que conta já com dois livros publicados na versão original, The Alchemyst e The Magician, estando The Sorceress previsto para 2009 e mais três livros, The Necromancer, The Warlock e The Enchantress, previstos para os anos seguintes. Consta, também, que a adaptação cinematográfica está já em pré-produção.
Assim que O Mágico seja publicado irei lê-lo, pois gostei da escrita de Michael Scott, apelidado de rei da fantasia na Bretanha, e porque estou bastante curioso quanto ao destino dos irmãos Josh e Sophie. Um livro a não perder.

O Alquimista de Michael Scott





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Até Breve!