Janeiro 03 2007

Hoje sofri a concretização duma realidade que sonhava encontrar só mais para a frente: o fim das férias. É o regresso à vida normal de que já me tinha esquecido. Desde o acordar cedo ao frio que encontrei na rua, para não falar nas caras que ficaram para trás, o dia foi vivido como um recomeçar da vida, pois no fundo, mais do que eu, foi a minha vida que esteve de férias... Agora é tempo de “acordar” e preparar mais uma época de vida quotidiana, esperando que corra bem e que nos aguentemos até às próximas férias.

Quem não fez férias foi A Última Feiticeira, o livro com que finalizei 2006 e que me abriu portas para este novo ano. Acabei ontem de ler a história e agora posso criticá-la com mais segurança, dando a minha opinião sobre o enredo e expressando a minha subjectividade.

Sendo o primogénito duma nova autora e o início duma promissora saga, este livro é, antes de mais, difícil de enquadrar numa categoria, pelo menos em primeiro plano. Apesar da fantasia que dá ritmo e sentido à história, através da qual descobrimos factos e personagens intrigantes que dão vida à poderosa magia que se espalha pelo enredo, podemos qualificar este livro como um absorvente e inebriante romance de época que parece real.

A história apoia-se numa base larga e forte que nos conduzirá ao longo de todo o livro. Desde o início os factos narrados são pequenas delícias que nos fazem entrar no mundo de Catelyn e na sua própria família, algo tão espontâneo que desde logo marca a excelência da obra.

Se no início “vivemos” tranquilamente ao lado de Cat e do seu mundo, quando este é invadido pelo mal, sob a forma duma personagem terrivelmente malvada e dissimulada, também nós pressentimos a desgraça e angustiamos para que ela consiga salvar o que de mais importante existe na sua vida.

É esta a guerra travada por Cat e que nos fará tremer com sensações inigualáveis. À medida que a portadora da pedra azul vai crescendo e o fim parece se aproximar, vibramos com o desenrolar da arrebatante história e sentimos cada golpe de forças. Confrontos, mortes, amores, traições, mistérios e magia desenrolam-se com uma entusiasmante fluência que não nos deixará parar até acabar o livro.

Mesmo quando a história sofre uma estranha mudança que fará mudar o enredo e a própria acção duma maneira vertiginosa descobrimos que nada acontece por acaso e que o destino é mais forte do que a vontade, mesmo sendo esta a condutora das nossas escolhas.

A obra pede para ser continuada em O Guerreiro Lobo, mas se não tem uma total conclusão, a moral e encanto da história já valem por muitas.

Sem dúvida uma excelente obra que recomendo vivamente.

A Última Feiticeira - Sandra Carvalho

Até Breve e Boas Leituras!!!

Publicado por Fábio J. às 21:05

Não sei porquê sempre tive essa sensação.
Confesso que tenho uma inexplicável antipatia com o autor... não me "caiu bem"! Por isto mesmo é que pretendo ler pelo menos uma obra sua, para tirar as teimas. Inclino-me mais para O Alquimista, pois parece-me (parece-me) ter uma base um pouco diferente e original, para além dum tema interessante.

Tenho de experimentar...

Coitado do Paulo Coelho!! lol, estou a brincar.
Bem, é normal... É assim, ele tem uma escrita diferente, virada para o esoterismo e misticismo. "O Diário de um Mago" reflecte muito bem isso- é a caminhada dele pelo Caminho de Santiago, e mete pelo meio assim, acontecimentos estranhos e traz exercícios para praticar e assim. Mas julgo que há pior:"As Valquírias e inclusive, um livro dele sobre vampirismo foi obrigado a ser retirado do mercado. É sem dúvida um autor digamos, "sui generis".
Porém "O Alquimista" afasta-se um pouco. A mensagem é a de seguir o coração e os nossos sonhos, acho que é razoável e creio que gostarias. Por isso foi um best-seller.
Vá, depois se leres dizes, claro! :)
cricri a 5 de Janeiro de 2007 às 22:52

Também tenho a sensação que Paulo coelho anda sempre à volta do mesmo tema. O livro que eu mais gostei foi a Brida . Fala um pouco da nossa alma gémea. Segundo aquele livro no inicio de tudo existia uma pessoa só que se dividiu em duas, e essas duas partes ficariam destinadas a voltarem a encontrarem-se. Assim, o grande objectivo da nossa existência seria procurar a nossa outra metade. Nós saberíamos qual era a nossa outra metade pois por cima do ombro ela tinha um ponto de luz que a sua outra metade seria capaz de ver O final do livro é completamente inesperado, pelo menos foi para mim, mas mesmo assim quando cheguei ao fim comecei a pensar que realmente aquele seria o final mais justo.
O livro de Paulo Coelho que eu recomendo é este, mas o dizem que o alquimista é muito bom, eu ainda não o li.
Contiua a postar.......
mc a 6 de Janeiro de 2007 às 11:21

Ainda não li "Brida", nem pensei que fosse esse o tema. Agradou-me! :)
Eu achei "O Alquimista" fantástico, tem uma mensagem muito bonita.
cricri a 6 de Janeiro de 2007 às 12:48

eu ainda não li o alquimista, mas conheço quem tenha lido e tenha achado o livro interessante. A brida tem uma mensagem muito especial, e na minha opinião essa mensagem pretende responder a uma das maiores questões existencialistas: qual o verdadeiro objectivo da nossa vida. é um livro muito bonito. Acho que ias gostar de o ler. é claro que tem a uma base de esoterismo e magia, já típicas deste autor, mas a história é tão bonita que isso acaba por ficar em segundo plano, embora não deixe de estar presente em muitas partes do livro.

Já agora Brida é o nome da personagem principal.
bjx
mc a 6 de Janeiro de 2007 às 17:11

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