Hoje dirigi-me aos Correios da minha zona, para enviar uma encomenda. Poderia falar dos problemas já mais que debatidos dos Serviços Públicos, mas a verdade é que não tive razão de queixa. Não gosto destas ideias preconcebidas, e até me deparei com uma iniciativa muito louvável: a venda livros ali, nos balcões dos correios. A iniciativa não é nova, no entanto, não deixa de ser um incentivo notável à leitura. Afinal de contas, o incentivo é necessário, e muito!
A prova disso é este dia. Comemora-se, hoje, o Dia Internacional do Livro Infantil, sem dúvida com grande importância. Este dia, 2 de Abril, foi escolhido por ser o dia de nascimento dum dos maiores mentores da literatura infantil. Um dos maiores e melhores: o escritor dinamarquês Hans Christian Andersen, autor de, por exemplo, O Patinho Feio, O Soldadinho de Chumbo, A Pequena Sereia, entre centenas de outros emblemáticos contos.
Para assinalar este dia, o IBBY (International Board on Books for Young People) divulga anualmente uma mensagem de incentivo à leitura dirigida às crianças de todo o mundo. Este ano, coube à escritora Margaret Mahy, da Nova Zelândia, a elaboração da mensagem. Leiam, vale a pena.
Quando falamos em literatura infantil referimo-nos à literatura destinada especialmente às crianças entre dois a dez anos de idade. Mas qual é, então, a importância da leitura nas crianças com uns verdes 2 anos de idade, em que a própria expressão oral ainda é um desafio? A resposta é simples: porque só dando às crianças, desde cedo, a oportunidade de tocar num livro, de o sentir e saber o que representa o podemos ajudar a descobrir o prazer da leitura e a elevar os baixos níveis de literacia registados em Portugal, fazendo dos jovens e adultos de amanhã cidadãos cultos, informados e críticos.
Uma obra infantil precisa ser interessante e, acima de tudo, estimular a criança, não só pela linguagem simples e clara, mas também com imagens e texturas. À medida que a idade vai aumentando é necessário apresentar textos cada vez maiores e factos cada vez mais complicados e explicativos, uma vez que o jovem leitor é estimulado a encontrar respostas por ele mesmo. É o começo da racionalização.
Neste dia, levar uma criança a uma livraria, ou mesmo à biblioteca municipal, e ajuda-lo a comprar ou requisitar um livro adaptado à idade é um dos mais importantes gestos que podemos fazer por eles. Conte-lhe, no mínimo, uma história. Todas as crianças gostam duma.
Mostrar às crianças que um livro não é um “bicho-de-sete-cabeças” nem uma chatice, mas sim uma aventura e uma parte da construção da sua personalidade é um acto louvável. O futuro delas, e da sociedade, agradece.
Ainda hoje me encanto com a simplicidade e as mensagens morais destas obras. São necessárias, e o final feliz que quase sempre apresentam não poderia ser mais emblemático.
Lembrem-se, a leitura é importante e é fundamental que se comece de pequeno.
Até Breve e Boas Leituras!!