Estava a conduzir quando recebi a mensagem. Li-a vinte minutos depois, em casa: “Morreu Saramago”. Simplesmente. Não demorei e liguei a televisão. A notícia era divulgada e discutida nos canais portugueses e europeus.
No site da fundação José Saramago lê-se, sobre fundo negro: “Hoje, sexta-feira, 18 de Junho, José Saramago faleceu às 12.30 horas na sua residência de Lanzarote, aos 87 anos de idade, em consequência de uma múltipla falha orgânica, após uma prolongada doença. O escritor morreu estando acompanhado pela sua família, despedindo-se de uma forma serena e tranquila.”
Apenas posso confessar a minha verdadeira tristeza e o sentimento de perda. Perdemos o maior escritor português da actualidade, um homem de convicções e de ideias, uma consciência pública sem par.
O seu lugar, vincado pela sua singularidade e o seu talento, ficará livre para sempre, como o de todas as grandes figuras da nossa História.
Resta-nos a certeza de que o escritor sobreviverá ao correr do tempo, e que José Saramago será para sempre uma voz única e admirável na literatura em Português e da escrita contemporânea.
Hoje, a literatura portuguesa está de luto.