Abril 26 2009
Quantos mais exemplos vejo mais acho que algumas séries de literatura fantástica apenas alcançam o sucesso, ou não, devido ao tempo decorrido entre o lançamento dos diversos volumes. É que, lendo o que escrevi acerca de Eragon e Eldest, percebo que o Ciclo da Herança, de Christopher Paolini, já não me entusiasma tanto como noutros tempos.
O mais recente livro deste ciclo, Brisingr, revelou-se uma obra demasiado mediana, demasiado previsível e demasiado concentrada em pormenores. Não foi uma desilusão nem uma leitura desprovida de qualidades mas, com 800 páginas e dois livros precedentes aos quais compará-lo, esperava muito mais.
O volume anterior terminou com uma batalha épica e o reencontro dos primos Eragon e Roran. Muitas questões foram deixadas no ar e esperava que os volumes seguintes trouxessem as respostas. O que não esperava é que o autor se sentisse tão forçado a dá-las, facto notório pelas inúmeras situações descontextualizadas por ele criadas para explicar pormenores com pouca importância. Fiquei ainda com a sensação de que este livro serve apenas para esclarecer os mistérios dos volumes precedentes e preparar a vinda do último, pois a evolução da história e da intriga propriamente dita quase não existe.
Ainda assim, existem momentos de acção e algumas revelações que justificam a leitura desta obra. Seja em Surda, em Farthen Dûr ou Ellesméra, com as aventuras de Roran ou os desafios de Eragon e Saphira, é possível reencontrar a criatividade do autor e voltar a ser arrebatado pelos detalhes que fizeram milhares de leitores querer acompanhar a demanda do jovem rapaz que encontra um grande ovo azul.
O tom épico, a magia, as batalhas e as personagens tão familiares, mas ainda surpreendentes, fizeram-me continuar a ler atentamente cada página, mesmo com o lento desenvolvimento da acção. Os pontos fortes da demanda de Eragon mantiveram-se, mas foram muito pouco explorados.
Não diria que o estilo do autor mudou, mas neste livro as suas intenções foram diferentes: ao invés de contar uma nova história ele limitou-se a justificar ou concluir o que iniciou nas primeiras obras. Tal permite aos fãs compreender muito melhor a Alagaësia, os seus habitantes e os desafios de Eragon, mas resultou num livro pouco estimulante.
Se vale a pena ler? Sim, diria que sim, mas sem demasiadas expectativas. Quanto a mim, resta-me esperar pelo próximo volume que, espero eu, só poderá ser melhor do que este, dando uma conclusão justa a esta grande aventura.
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Brisingr de Christopher Paolini
Boas Leituras!
Publicado por Fábio J. às 17:58

Setembro 25 2008
Faltam poucas horas para o lançamento de Brisingr, de Christopher Paolini. A obra dá continuidade ao mundialmente conhecido Ciclo da Herança, do qual fazem parte Eragon e Eldest.
A sua versão original foi apresentada mundialmente no passado dia 20, nos Estados Unidos, Canadá e Reino Unido, tornando-se o livro que mais exemplares vendeu nas primeiras 24 horas, em 2008, neste último país.
Os tradutores portugueses começaram a tradução no início de Julho, um período limitado para uma obra cuja versão portuguesa terá 832 páginas, pouco mais do que Eldest, mas bastante mais do que eu esperava, já que esta não deixa de ser a primeira parte do último livro da trilogia.
Enquanto o livro não chega, aqui fica a sinopse:
Juramentos prestados... Lealdades testadas... Forças em colisão.
Na sequência da batalha colossal nas Planícies Flamejantes contra os guerreiros do Império, Eragon e o seu Dragão, Saphira, escapam com dificuldade.
No entanto, o Cavaleiro e o Dragão ainda terão de se deparar com inúmeros desafios… Eragon vê-se enredado numa série de promessas que poderá não conseguir cumprir. O juramento ao seu primo, Roran, no sentido de o ajudar a resgatar a sua amada Katrina das garras de Galbatorix.
Todavia, Eragon deve lealdade a outros também. Os Varden precisam desesperadamente dos seus talentos e da sua força, tal como os Elfos e os Anões. E, logo que a inquietação assalta os rebeldes e o perigo espreita em cada esquina, Eragon terá de fazer escolhas que o levarão a atravessar o Império, viajando muito além. Escolhas que o poderão submeter a sacrifícios inimagináveis…
Eragon é a grande esperança para libertar o reino da tirania.
Conseguirá este rapaz, outrora um simples camponês, unir as forças rebeldes e assim derrotar o rei?
Relembro que, esta noite, a obra será apresentada no Castelo de S. Jorge, em Lisboa, e no átrio da Biblioteca Municipal da Póvoa de Varzim.
Já falta pouco para os fãs portugueses satisfazerem a sua curiosidade. Um novo romance de fantasia épica está prestes a chegar...
Brisingr de Christopher Paolini
Fantásticas Leituras!

 

Publicado por Fábio J. às 19:15

Setembro 11 2008
Nos últimos tempos, a Gailivro tem se destacado com as suas inovadoras campanhas de marketing, criando vídeos, blogs e sites promocionais, procurando dar a conhecer as suas obras e atrair mais leitores.
Ora, desta vez a editora vai mais longe e promete fogo aos fãs do Ciclo da Herança, de Christopher Paolini. Como? A resposta está no convite feito pela editora:
Fã de Eragon,
BRISINGR está aí e a festa de lançamento vai ser… fogo! No próximo dia 25 de Setembro, todos os caminhos vão dar ao Castelo de São Jorge, em Lisboa, onde decorrerá um fantástico espectáculo. E tu estás desde já convidado(a)!
Não faltes. Contamos contigo a partir das 19h00. E atenção: os primeiros 50 fãs a confirmarem a sua presença recebem um exemplar grátis de BRISINGR (a levantar no local do evento) e ainda um prémio especial! Podes confirmar a tua presença através do mail mkt@gailivro.pt , bastando para isso que nos envies o teu nome, e-mail e n.º de telefone ou telemóvel.
Aparece e traz os teus amigos. Dá ainda mais cor e animação ao lançamento de BRISINGR. E não percas a oportunidade de seres um dos primeiros leitores em todo o mundo a ter nas mãos o livro do momento.
Saudações de Eragon.
Recordo que a versão original de Brisingr, em inglês, é lançada dia 20 deste mês e que, para contentamento dos fãs portugueses, apenas seis dias depois, dia 26, em português.
Trazendo à memória as noites de lançamento de um novo Harry Potter, este evento reafirma a notoriedade desta série em Portugal e consolida o universo dos fãs portugueses, que agora podem se encontrar para comemorar o lançamento deste novo livro.
Sem dúvida uma iniciativa louvável, à qual vale a pena responder. E já agora, fica a sugestão aos editores: eventos destes são sempre bem-vindos.
Publicado por Fábio J. às 18:20

Outubro 31 2007
Nunca pensei ficar tão aliviado por começar a escrever um texto para o blog. Mas a fórmula para esta boa disposição é simples: tentem fazer um relatório de grupo para entregar no dia seguinte, no messenger. Irão ver que a pressão arterial começa a subir, que a palavra stress nunca teve tanto significado, e que depois de 30 minutos estão a agredir o monitor. Depois disto, escrever para o blog é a actividade mais agradável e calma do mundo!
Seja como for, tinha de escrever este post. A primeira razão está na divulgação da data de lançamento do terceiro livro do Ciclo da Herança, de Christopher Paolini. E não, não me enganei, é mesmo Ciclo da Herança e não Trilogia e, já agora, este terceiro livro não será o último, como sempre foi dito, mas sim o penúltimo. Duma trilogia passamos para um ciclo com quatro volumes. A justificação está no tamanho da obra e, se assim for, concordo com a decisão, já que um livro demasiado pesado torna a leitura complicada. Sendo assim, a editora divulgou que este terceiro volume, ainda sem título oficial, será lançado, em inglês, a 23 de Setembro do próximo ano.
A outra razão é a publicação, em Portugal, do segundo livro duma trilogia que também vem lá dos States e que conduziu o último Harry Potter para o segundo lugar dos tops naquele país, tendo um admirável número de fãs, principalmente do sexo feminino. Refiro-me à trilogia Luz e Escuridão, de Stephenie Meyer.
Apesar da comparação com a saga do jovem feiticeiro, desengane-se quem pensar que nesta história encontrará feiticeiros de varinha em punho. A fantasia continua a estar presente, mas é o romance e o drama do enredo que têm conquistado leitores um pouco por todo o mundo. Na história, os vampiros dão o toque de originalidade, e tudo começa quando Bella, uma normal rapariga, conhece Edward, um interessante rapaz que, imagine-se, tem um apetite especial pelo seu sangue.
É a partir desta premissa que se desenvolve Crepúsculo, o primeiro livro da trilogia da qual também fazem parte Lua Nova e Eclipse, respectivamente segundo e terceiro volumes.
Hoje, dia das Bruxas, foi lançado em Portugal o segundo volume. A editora Gailivro preocupou-se duma maneira especial com a promoção desta obra e entre as várias actividades desenvolvidas encontra-se o blog oficial da trilogia no nosso país. Para quem desejar conhecer melhor este romance, no qual a luz e a escuridão caminham lado a lado, poderá ser uma ajuda.
Por um lado, os números falam por si, mas mesmo assim esta não é uma história que me chame a atenção. Romances nos quais o amor sofrido e a tragédia são os pontos principais não me costumam aliciar, e esta obra não foi excepção.
Ainda assim, caso alguém queira partilhar a sua opinião, terei todo o gosto em aprofundar este assunto.
Sem mais delongas, aproveitem o feriado e este novo mês e, claro, Boas Leituras!!!
Publicado por Fábio J. às 23:33

Fevereiro 14 2007

Um dia destes pus-me a olhar para os livros que li nos últimos tempos. Consequentemente lembrei-me do blog e dos livros que só conheci aqui, das opiniões que li e daquelas que dei, do mundo em que me embrenhei e do qual não pretendo mais sair. Já não consigo imaginar a minha vida sem livros e isso tem-se reflectido nas minhas acções.

Hoje, durante um almoço, vi-me a discutir Eldest com um colega! Por acaso não fui eu a tocar no assunto, mas depois de lançado o tema fluiu e as teorias e conspirações rolaram sobre mortes, mistérios e personagens. Depois de algum tempo em que fomos olhados com desinteresse, mudamos de assunto e misturamo-nos na conversa geral.

Isto, de certa forma, demonstra também o impacto que a Trilogia da Herança criou no género fantástico. Paolini é já um ponto de referência, qual mestre Tolkien. Que o diga Cátia Palha, autora de A Era das Brumas – Os Nogmas, o seu primeiro livro. Tem uma premissa bastante sugestiva: “Na tradição de O Senhor dos Anéis. Tão moderno quanto Eragon. A revelação portuguesa do ano. O melhor da alta fantasia!”. Interpretem como quiserem, mas eu prefiro acreditar que não é apenas uma jogada de marketing.

A história passa-se num planeta distante habitado por inúmeras tribos. No meio dum verdejante e grande oceano existe uma ilha chamada Amö’marh, onde habita o povo Nogma, um povo constituído por seres etéreos e misteriosos. Este povo zela pela paz em Yêmanenphizz, mas nem sempre é fácil.

Para combater esta paz existe (como é tradicional no género) um Senhor do Mal que habita nas trevas. Dwr é o seu nome. A acção começa quando este apodera-se de uma cria num baptismo de sangue que mudará para todo o sempre os destinos do mundo.

Assass, líder de parte do povo Nogma, atende a um chamamento superior e inicia uma cruzada para salvar a pequena cria.

A cria terá de ser resgatada do jugo de Dwr, pois negros presságios assolam o planeta Yêmanenphizz.

Para saber mais é necessário ler a história, e como acredito que estas 508 páginas serão mais do que simples entretenimento pretendo ler a obra. Não quero com isto dizer que serão como palavras de Tolkien, ou que têm o enredo de Paolini, mas qualidade também deve existir. A ver vamos...

Despeço-me, mas não sem antes desejar um resto de bom Dia dos Namorados, repleto de amor, tanto para quem já tem com quem o partilhar como para quem ainda o procura.

A Era das Brumas - Os Nogmas de Cátia Palha

Até breve e Boas Leituras.

Publicado por Fábio J. às 20:07

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