Dezembro 23 2008
Finalmente dou início a um projecto (se é que tal ideia pode receber esse nome) que há muito idealizava.
Trata-se de destacar algumas das partes que mais me fascinaram nos livros que já li, nomeadamente na literatura fantástica, na qual existem locais e culturas ficcionais fascinantes. Assim, não só relembro histórias que adorei ler como dou a conhecer pormenores que merecem a atenção dos apreciadores da leitura.
O meu primeiro texto, acerca dos Filhos do Alto Mar, de Ursula K. Le Guin, já está publicado, no Correio do Fantástico. Espero que vos diga alguma coisa e, como lá digo, conto com os vossos destaques de grandes pormenores.
Até Breve!
Publicado por Fábio J. às 17:46

Agosto 12 2007
Orfeu rebelde, canto como sou:
Canto como um possesso
Que na casca do tempo, a canivete,
Gravasse a fúria de cada momento;
Canto, a ver se o meu canto compromete
A eternidade no meu sofrimento.
Outros, felizes, sejam rouxinóis...
Eu ergo a voz assim, num desafio:
Que o céu e a terra, pedras conjugadas
Do moinho cruel que me tritura,
Saibam que há gritos como há nortadas,
Violências famintas de ternura.
Bicho instintivo que adivinha a morte
No corpo dum poeta que a recusa,
Canto como quem usa
Os versos em legitima defesa.
Canto, sem perguntar à Musa
Se o canto é de terror ou de beleza.
Orfeu Rebelde de Miguel Torga
Há 100 anos nasceu Miguel Torga (pseudónimo de Adolfo Correia Rocha), aquele que é hoje considerado “o escritor mais autenticamente português”. Formado em medicina, foram as histórias, os diários e os poemas que tornaram Torga uma referência da literatura portuguesa. Homem do mundo, vivia para cantar a sua terra, a sua identidade transmontana, portuguesa e ibérica, uma cultura que o alimentava e sustentava e para a qual ele contribuiu singularmente.
Sempre ligado à Natureza, Torga tornou-se o Orfeu português, uma personagem única e autêntica que perdurará pelos tempos, tal era a alma da sua escrita.
Miguel Torga morreu em Coimbra, a 17 de Janeiro de 1995. Foi um dos mais importantes escritores portugueses do século XX.
Do escritor apenas li um livro de poesia e parte dum diário. Estou a pensar reler todo este diário, nesta ocasião. Embora a sua lírica não seja a minha favorita, admiro a infindável busca pelas raízes e a forte ligação à terra que este autor nos apresentou. Talvez tenhamos algo a aprender com ele.
Boas férias e Até Breve!!!
Publicado por Fábio J. às 20:25

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